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27º Porto Alegre em Cena conta com parceria da Tintas Killing

A empresa de tintas gaúcha doou mais 46 litros em produtos para a pintura de uma escola indígena


Obra do artista Xadalu (foto: divulgação Xadalu)

Um dos mais importantes festivais de artes cênicas da América Latina, com quase trinta anos de atividade ininterruptos, se transfor


mou para tornar possível a sua realização em meio ao distanciamento social. O Porto Alegre em Cena, Festival Internacional de Artes Cênicas de Porto Alegre, acontecerá de 21 a 30 de outubro completamente reformulado, inovador e impactante. Fazendo parte desta edição histórica, está a Tintas Killing, que entra justo no tema central do festival, corpo do futuro: humanidade e natureza, abordando a vida indígena e sua coexistência respeitosa, amigável e protetora com a natureza.

A fim de viabilizar a transmissão dos espetáculos de forma online, a edição colocará no ar o Canal em Cena, um canal de televisão que estará ativo durante os dias do festival. Uma revista digital de artes cênicas também fará parte da edição, contendo entrevistas, artigos, fotografias, imagens de pinturas e a programação do festival. É nesta revista que se insere a obra do artista visual urbano Xadalu Tupã Jekupé (Dione Martins), sua obra transita entre intervenções nas ruas e exposições em museus, galerias e centros culturais. Xadalu nasceu em Alegrete/RS e mudou-se para Porto Alegre/RS com a mãe e a avó. Com o despertar do interesse pela arte, a representatividade indígena tomou o protagonismo de seu trabalho. Ligado a esta cultura por seus ancestrais, como a avó que morava às margens do rio e vivia da pesca. Xadalu estreitou o vínculo com o povo Guarani e fez de sua arte um instrumento de visibilidade do povo indígena.

Contribuindo com o trabalho do artista, a Tintas Killing doou mais de 46 litros de Kisacril Tinta Acrílica Premium, nas cores branca, amarela, vermelha e preta, que serão utilizadas para a pintura de uma escola da aldeia indígena localizada às margens da RS 290. Xadalu comenta que ficou muito feliz com a parceria, principalmente por a Killing ser uma empresa gaúcha, contribuindo com a comunidade local. “A ideia é fazer uma pintura que represente o espirito da onça, muito significativo para o povo Guarani, com o objetivo motivar a aldeia. Vamos colorir porque lá nada é colorido”, destaca o artista. Xadalu também realizará oficinas de pintura e de teoria sobre arte, na aldeia. A obra do artista, no festival, fala sobre o apagamento da cultura indígena no oeste do Estado e da própria trajetória, desde a infância em Alegrete até a conquista de espaços como o Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, a galeria Generation Berlin Mitte Hostel, na Alemanha, e a Galleria d´arte Puzzle, na Itália.

Fernando Zugno, diretor do festival, explica que as questões indígenas chegaram ao Porto Alegre em cena porque são essenciais. “Esse projeto indígena começou com a gente estudando sobre as urgências de alguns assuntos contemporâneos. A partir daí, a gente começou a criar esse conceito de corpo futuro, justamente pensando nos reflexos de todo esse projeto colonialista de exploração e os efeitos que isso terá sobre os corpos da natureza e os corpos da humanidade, de um modo geral. Então, pensando nesses corpos futuros, o discurso indígena é muito urgente e muito inteligente, muito claro, muito rico. Existe outro sistema, outra perspectiva, outro modo de vida que é muito mais natural”, salienta Zugno.

Guilherme Medaglia, gerente de marketing da Tintas Killing, ressalta a importância do auxilio à cultura, principalmente quando ela vem acompanhada de importantes trabalhos sociais, como na obra de Xadalu. “Poder contribuir com um festival do tamanho do Porto Alegre em Cena, com uma história incrível e um trabalho impecável de promoção da manifestação da arte na cidade e em todo Estado, é uma grande honra para nós. O trabalho do Xadalu é muito interessante e necessário, assim como a sua trajetória de vida. Só temos motivos para nos orgulharmos desta parceria”, destaca Medaglia.

A 27ª edição do festival firmou parceria com o PUSH Festival, de Vancouver, no Canadá, e terá a participação virtual do organizador Franco Boni e da artista indígena canadense Cease Wyss. Também será realizada a inclusão de libras em todas as apresentações e debates. Além disso, serão projetadas performances artísticas caseiras de janelas de aproximadamente 20 residências, no período do festival, espalhando o clima artístico por toda a cidade.



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